José Pracana

19 novembro, 2019

img

Músico, intérprete, colecionador e investigador, José Pracana (1946-2016) é consensualmente reconhecido como uma das grandes figuras da história do Fado.

Amador por convicção, tal estatuto nunca o impediu de acompanhar e de conviver com os grandes pilares da tradição fadista – de Amália Rodrigues a Maria Teresa de Noronha, de Alfredo Marceneiro a João Ferreira Rosa - de actuar em concertos nos vários palcos do mundo de estudar aprofundadamente esta tradição tão profundamente enraizada na nossa sociedade, elevando-a e salvaguardando-a, para memória futura. Ao longo de décadas sucessivas, testemunhou, contribuiu e protagonizou alguns episódios do maior significado para a história do Fado. Foi uma das personalidades mais completas que o Fado conheceu.

Homem de cultura, de permanente abertura ao outro, movia-o o calor do convívio, da taberna ou do salão. A sua humanidade contagiou, da mesma forma, o coração de príncipes e de plebeus. Ciente, tal como Almada, de que a alegria é a coisa mais séria da vida, durante décadas, José Pracana devolveu-nos o mundo num espelho onde nos revíamos, inevitavelmente, mais felizes.

 

Reza o velho ditado que tão fadista é quem canta o Fado como quem o sente – e eu atrever-me-ia a acrescentar-lhe ainda e como quem o sabe. Se assim é, o meu Amigo Zé Pracana, na sua tripla condição de intérprete inspirado, de amador fervoroso do Fado, e de conhecedor profundo da sua prática e da sua História, e pela forma como estas três facetas nele interagiam de forma inseparável e inimitável, terá sido por certo um dos grandes fadistas que eu conheci.

Rui Vieira Nery

 

José Pracana prescindiu quase sempre de ser ele mesmo para plasmar uma poderosa personalidade universal que o tornava um ente especial, atraente e inimitável. É a arte de ser toda a gente.

João Braga

 

Em exposição encontra-se o vastíssimo acervo pessoal de José Pracana: fotografias, jornais, discos, documentos, cartazes, instrumentos musicais, troféus e condecorações, sendo possível o visionamento de imagens de arquivo dos programas televisivos que dirigiu. A recriação do seu retiro em Ponta Delgada permite também a aproximação ao ambiente singular das tertúlias fadistas que ali promovia.

 

Terça a domingo, das 11h às 18h (última entrada: 17h30)

 

 

 

Informação de preço:

Bilhete: 5€ (com acesso à exposição permanente)
Reduções para menores de 25, maiores de 65 e grupos organizados, entre outros. 

Marcação de visitas guiadas e informações: info@museudofado.pt / 21 882 34 70

 

Fotos: Margarida Macedo Basto / Museu do Fado

Fotos: Margarida Macedo Basto / Museu do Fado

Fotos: Margarida Macedo Basto / Museu do Fado

Fotos: Margarida Macedo Basto / Museu do Fado